desate o nó da gravata, tire o paletó e desalinhe essa camisa. largue um pouco seus livros sobre direito constitucional e deixe um pouco de lado essas conversas mascaradas sobre política ou sobre economia.
saia de casa com o mínimo que puder. uma bermuda e uma sandália, poucas idéias na cabeça, e esteja pronto para mudar de opinião, esteja pronto para conhecer alguém e se apaixonar por uma noite. esteja pronto para fazer novos amigos e rever os bons e velhos. saia de casa. feche o que estiver vendo no computador (menos esse blog), desligue a televisão no jornal matinal e acorde seu filho com um milhão de beijos.
não esqueça de passear com o cachorro e de ligar para aquela sua tia que você gosta tanto. fale com seus pais, que são o bem mais precioso que você pode ter na vida. saia de casa pronto para perdoar e aceitar desculpas. saia de casa para fazer o bem, mesmo que você curta várias ondas diferentes, a onda maior é o amor. saia pronto pra amar, e não tem essa de deixar o ódio e a falta de educação em casa, saia de casa com ele e os transforme em tolerância e paciência, porque a escuridão é simplesmente a ausência de luz.
saia de casa, mas antes de sair, faça uma oração! não importa sua religião, contanto que ela te mantenha no caminho da luz, mantendo a linha da paciência firme, está valendo. mesmo assim, com todo o respeito, ainda te digo: Deus quer você ao lado dele!
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
quase amor
lembra daquele porta-retrato dourado, que hoje já não porta mais nenhuma foto? eu te dei de presente porque você se apaixonou por aquela moldura dourada e todos aqueles detalhes que te lembravam o nascer do sol na fazenda do seu pai. toda aquela nostalgia, toda aquela magia que nos envolvia, todo aquele brilho... eu não sei onde começou a dar errado.
vejo as suas fotos recentes, percebi que você ainda usa o penteado que eu adorava, usa o vestido que te dei no natal que passamos com sua mãe e percebi também que você tem cuidado muito bem do cão que compramos juntos. mas não fui eu quem tirou essas fotos, nem sou mais o motivo dessa irradiação que o seu sorriso continua sendo.
lembro de cada detalhe das tardes que ganhávamos do tempo, multiplicando risadas e caras emburradas. brigávamos tanto, e fazíamos as pazes mais vezes ainda. você com os dedos inquietos sempre com o celular na mão, ou falando sem parar sobre o próximo show que haveria na cidade. lembro de tantas coisas pequenas, lembro de tantos sentimentos enormes. não sei se foi amor, mas era tão cômodo e satisfatório. era seguro e solto ao mesmo tempo.
intensidade e liberdade. tudo que você sempre quis e encontrou em mim. não sei o quanto faltou para o amor, não sei quanto faltou para o felizes para sempre. e eu achando que pegar ônibus até sua casa era uma enorme prova do quanto queria estar contigo, ou sair noite a fora atrás do maluco do nosso cachorro que fugiu enquanto você ouvia sua mãe reclamar da bagunça do seu quarto.
não sei onde a gente se perdeu, porque eu me perdi no meio de toda essa confusão. parece que foi ontem que você esteve aqui nos meus braços.
vejo as suas fotos recentes, percebi que você ainda usa o penteado que eu adorava, usa o vestido que te dei no natal que passamos com sua mãe e percebi também que você tem cuidado muito bem do cão que compramos juntos. mas não fui eu quem tirou essas fotos, nem sou mais o motivo dessa irradiação que o seu sorriso continua sendo.
lembro de cada detalhe das tardes que ganhávamos do tempo, multiplicando risadas e caras emburradas. brigávamos tanto, e fazíamos as pazes mais vezes ainda. você com os dedos inquietos sempre com o celular na mão, ou falando sem parar sobre o próximo show que haveria na cidade. lembro de tantas coisas pequenas, lembro de tantos sentimentos enormes. não sei se foi amor, mas era tão cômodo e satisfatório. era seguro e solto ao mesmo tempo.
intensidade e liberdade. tudo que você sempre quis e encontrou em mim. não sei o quanto faltou para o amor, não sei quanto faltou para o felizes para sempre. e eu achando que pegar ônibus até sua casa era uma enorme prova do quanto queria estar contigo, ou sair noite a fora atrás do maluco do nosso cachorro que fugiu enquanto você ouvia sua mãe reclamar da bagunça do seu quarto.
não sei onde a gente se perdeu, porque eu me perdi no meio de toda essa confusão. parece que foi ontem que você esteve aqui nos meus braços.
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